Administração Pública: Descentralização e desconcentração

Quando falamos sobre a Administração Pública, é fundamental entender dois conceitos essenciais: descentralização e desconcentração. Vamos aprender o que essas palavras significam e como elas afetam a forma como o Estado opera.

Descentralização

O que é descentralização?

A descentralização é o processo pelo qual as responsabilidades e competências do Estado são distribuídas entre, pelo menos, duas entidades ou pessoas. Isso significa que o governo não realiza todas as tarefas diretamente por meio de seus próprios órgãos e agentes, o que caracterizaria a centralização administrativa.

Classificações da Descentralização

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2011), não existe uma uniformidade na classificação da descentralização administrativa. No entanto, podem ser identificadas várias modalidades:

  1. Descentralização Territorial ou Geográfica: Nesse caso, as competências são transferidas para entidades localizadas em diferentes regiões geográficas, permitindo a adaptação das políticas públicas às necessidades específicas de cada local.
  2. Descentralização por Serviços, Funcional ou Técnica: Aqui, as competências são distribuídas com base nas áreas de atuação, criando órgãos especializados para lidar com questões específicas, como saúde, educação e segurança.
  3. Descentralização por Colaboração: Essa modalidade envolve a cooperação entre diferentes entidades na execução de tarefas específicas.

Em resumo, a descentralização é um mecanismo importante na Administração Pública para dividir responsabilidades e permitir uma gestão mais flexível e adaptada às necessidades de diferentes regiões e setores. Compreender essas modalidades de descentralização é fundamental para entender como o Estado opera e como as políticas públicas são implementadas.

Disponível em <https://slideplayer.com.br/slide/331752/> Acesso 24.ago.2020.

Desconcentração

O que é desconcentração?

A desconcentração se concentra na estrutura interna da Administração Pública. Imagine a Administração Pública como uma pirâmide, onde o Chefe do Poder Executivo está no topo. A desconcentração envolve a delegação de responsabilidades para os diversos órgãos que compõem essa estrutura hierárquica.

Hierarquia e desconcentração

A desconcentração é essencial para estabelecer uma relação de coordenação e subordinação entre os órgãos. Isso ajuda a aliviar a carga de trabalho do governo central, permitindo que os órgãos subordinados desempenhem funções específicas de forma mais eficiente e adequada.

Em resumo, a descentralização e a desconcentração são abordagens importantes na Administração Pública, visando a distribuição equitativa de responsabilidades e a otimização da gestão. Esses conceitos são fundamentais para entender como o Estado opera e como as políticas públicas são implementadas.

A desconcentração é uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica.

A Administração Pública é organizada hierarquicamente, como se fosse uma pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do Poder Executivo. As atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros. Isso é feito para descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um volume grande de atribuições, para permitir seu mais adequado e racional desempenho. A desconcentração liga-se à hierarquia.

Referências

BRASIL. Decreto-lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967. Disponível em: <URL>. Acesso em: 30 jun. 2011.

BRASIL. Lei nº 9.649 de 27 de maio de 1998. Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Disponível em: <URL>. Acesso em: 21 jun. 2011.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 24. Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1999.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 28 ed. atual. por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho. São Paulo: Malheiros, 2003.

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