Megaprojeto de Gustavo Perissinotto: da cidade de faxineiros para polo de alta tecnologia

No coração do interior de São Paulo, a cidade de Rio Claro está pronta para se reinventar sob a liderança do visionário prefeito Gustavo Perissinotto? Na véspera do ano eleitoral, seu audacioso plano visa transformar o município em um polo de alta tecnologia, uma iniciativa que desafia a realidade de uma cidade cujas ocupações mais comuns, em 2021, eram “Trabalhador Agropecuário”, “Faxineiro” e “Vendedor de Comércio Varejista”, de acordo com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais)/Ministério do Trabalho.

O prefeito Perissinotto, durante sua participação no NaBoa Podcast com os jornalistas Antonio Archangelo e Ludmar Gonzalez, comparou o mapa do município com o do Brasil, destacando similitudes e diferenças notáveis que, segundo ele, moldarão o futuro da cidade. Perissinotto afirmou: “O Mapa de Rio Claro é exatamente como o do Brasil. A região sul [do território de Rio Claro] se assemelha à região mais rica do Brasil, enquanto a região norte/nordeste [do território de Rio Claro] lembra a região norte/nordeste do Brasil, onde está o grande Cervezão”.

O prefeito também reconheceu as limitações de crescimento da cidade, declarando: “Ribeirão Preto é 95%, mas Rio Claro tem apenas 20% de sua área como mancha urbana. Nos últimos 30 anos, Rio Claro não teve percepção de crescimento vertical, horizontalmente, e no crescimento industrial”. Ele enfatizou a importância de atrair empresas e indústrias para impulsionar o desenvolvimento da cidade.

Além disso, Rio Claro enfrenta desafios ambientais substanciais. A presença da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, cobrindo 7% do território da cidade, representa uma barreira significativa à expansão urbana. Em 2006, a Secretaria de Meio Ambiente estabeleceu zonas de amortecimento que cobrem 25% do território, restringindo o uso do solo em direção a Ajapi e Leme, com as mesmas restrições aplicadas à floresta.

A oeste, em direção a Ipeúna, 10% do território é classificado como Área de Proteção Ambiental (APA), com sobreposição de três APAs na região. Isso limita ainda mais a capacidade de ocupação, apesar dos benefícios das áreas verdes. O prefeito destacou que, nos últimos 30 anos, Rio Claro não realizou um diagnóstico adequado de seus problemas e potenciais, o que pode ter contribuído para a percepção de estagnação na cidade.

No entanto, Gustavo Perissinotto mantém uma visão ousada de transformação. Ele descreve a cidade como uma “ilha” única, enfatizando que a presença da floresta, questões de mapeamento e mineração a tornam uma joia singular. Inspirando-se em destinos como Florianópolis, que transformou sua economia e se tornou um centro turístico de alto nível, ele alude à possibilidade de seguir um caminho semelhante, atraindo empresas de alta tecnologia e promovendo o desenvolvimento da “Ilha do Silício”.

A realização dessa visão ousada apresenta desafios monumentais. Para transformar Rio Claro em um polo de alta tecnologia, o prefeito e sua equipe precisarão superar as limitações atuais. Eles enfrentarão o desafio de atrair empresas de alta tecnologia e criar um ambiente propício à inovação.

A visão de Perissinotto é ambiciosa e enfrenta desafios consideráveis. A transformação da cidade está longe de ser uma certeza, mas a determinação do prefeito e sua equipe em enfrentar os obstáculos tornam essa jornada digna de atenção. O interior de São Paulo está prestes a testemunhar uma transformação que pode se tornar uma narrativa épica ou mais uma promessa eleitoral?

Assista a entrevista em:

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