Poema “Pretoguês”: Uma reflexão profunda sobre identidade e preconceito racial


Brasil – 21 de outubro de 2023: O poeta Antonio Archangelo nos presenteia com uma obra poética profunda e reflexiva, intitulada “Pretoguês.” Neste poema, Archangelo mergulha nas complexidades da identidade racial e no preconceito, convidando os leitores a refletirem sobre esses temas cruciais.

No poema “Pretoguês,” o autor faz uma afirmação ousada desde o início, ao proclamar que “A música que me alimenta é preta.” Com isso, ele destaca a influência vital da cultura negra em sua própria vida e na sociedade em geral. O poema é uma celebração da herança afro-brasileira, reconhecendo seu papel fundamental na formação da identidade cultural do país.

No entanto, o poema não se limita à celebração; ele também confronta questões de preconceito racial. Antonio Archangelo discute a miscigenação e a diversidade dentro da comunidade negra, abordando as normas de beleza que frequentemente moldam as experiências de indivíduos de pele escura.

“Minha agonia é miscigenada, minha ignorância é metódica, danada!” O poema reflete sobre as complexidades das identidades raciais, destacando a luta contra o estigma e a discriminação. Archangelo usa metáforas poderosas, como “as lágrimas, gotas de ferro negro,” para evocar as profundas emoções associadas à raça e ao preconceito.

A segunda metade do poema aborda a agonia, o medo e a moral moldados pelo preconceito racial. Archangelo faz referência ao estigma e à estigmatização enfrentados por muitas pessoas negras, desafiando diretamente a ideia de “vagabundos.” O poema se torna uma crítica social contundente, destacando as lutas que muitos enfrentam diariamente devido ao preconceito racial.

O poema termina com uma observação poderosa: “já que o universo é negro, moço!” Esta linha sugere que, apesar dos desafios e injustiças, a cultura negra e a resiliência prevalecerão.

Comparativamente, “Pretoguês” também pode ser visto à luz da história brasileira. A abolição da escravatura, um marco na história do Brasil, foi finalmente alcançada com a Lei Áurea, promulgada em 13 de maio de 1888. Essa conquista levanta questões profundas sobre a igualdade racial, um tema que persiste na sociedade contemporânea. Antonio Archangelo, por meio de “Pretoguês,” oferece uma reflexão sobre o progresso inacabado do Brasil em relação à igualdade racial e a importância de celebrar a cultura negra.

O poema “Pretoguês” é um apelo à reflexão crítica e à mudança social, utilizando a poesia como veículo para uma mensagem profunda. A obra está disponível para leitura completa no blog do autor: Poesias Nonsense – Pretoguês.

Antonio Archangelo continua a enriquecer o cenário literário brasileiro com sua poesia cativante e provocante, abordando temas relevantes com franqueza e expressão artística inigualável.

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