Em estudo divulgado a imprensa, o Sistema de Acompanhamento de Greves do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontou que em 2020, foram realizadas 649 greves no país. Desse total, 417 ocorreram na esfera privada, 231 na pública e uma envolveu trabalhadores dos dois setores. O número representa queda de 42% em relação a 2019.
De acordo com o sistema, 89% das paralisações de 2020 incluíam questões de caráter defensivo na pauta. Reivindicações de pagamentos de salários, férias e 13º em atraso foram as mais frequentes.
Os dados analisados foram extraídos do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG-DIEESE), que reúne informações sobre as paralisações realizadas pelos trabalhadores brasileiros desde 1978 e conta, atualmente, com mais de 40 mil registros. As informações do SAG- DIEESE são obtidas por meio de notícias veiculadas em jornais impressos e eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.
Greves e horas paradas
Em 2020, o SAG-DIEESE registrou 649 greves (Tabela 1). Os trabalhadores da esfera privada promoveram um número de paralisações bem maior (417 registros) que os trabalhadores da esfera pública (231 registros). Em relação à quantidade de horas paradas, que equivale à soma das horas de cada greve, também as mobilizações dos trabalhadores da esfera privada superaram aquelas da esfera pública, com uma diferença menor, no entanto: em termos proporcionais, 56% das horas paradas nas greves de 2020 corresponderam a paralisações na esfera privada e 44% corresponderam a paralisações na esfera pública.
Confira o estudo: