Segunda fase da Operação Black Flag mira contratos de financiamento fraudulentos

A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (19/8), a segunda fase da Operação Black Flag, que busca obter provas relativas a crimes contra o sistema financeiro. A primeira fase da Operação Black Flag, deflagrada em maio, visou apurar também a prática de crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.  

Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em residência e empresas de investigado. Houve ainda a emissão de um mandado de prisão temporária. As ações ocorrem nos municípios de São Paulo (SP) e Itaquaquecetuba/SP. 

Nesta segunda fase, a força-tarefa verificou que uma empresa de fachada vendeu máquinas ao grupo econômico investigado na primeira fase da Operação Black Flag, financiadas por um banco público. A mesma empresa de fachada também vendeu máquinas a uma instituição financeira privada, venda esta vinculada a um arrendamento (leasing) ao grupo investigado. Tais operações totalizaram cerca de R$ 20 milhões. 

Da análise da movimentação financeira, constatou-se que 90% dos valores recebidos pela empresa de fachada, supostamente pela venda do maquinário, foram remetidos ao grupo econômico investigado (cerca de R$ 18 milhões). Ou seja, o dinheiro, ao invés de cobrir os custos do vendedor, foi remetido ao comprador do maquinário, o que contraria qualquer lógica comercial e reforça os indícios de que a operação foi fraudulenta. 

Operação Black Flag 

A primeira fase da Operação Black Flag teve o intuito de combater uma organização que se valeu de empresas de fachada e CPFs falsos para a aquisição de bens e a movimentação de recursos que seriam provenientes de crimes contra o sistema financeiro e sonegação fiscal. 

Ações fiscais já encerradas pela Receita Federal contra pessoas ligadas ao grupo investigado resultaram na lavratura de Autos de Infração de mais R$ 150 milhões. Novos procedimentos fiscais foram iniciados para apurar a procedência de indícios de prática de novas infrações tributárias e ocultação de patrimônio. 

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