Poemas Uivantes: Podcast lança 2ª temporada na Escola Zita com Canção do Exílio, Iracema e Escrava Isaura

Inaugurando a segunda temporada, o podcast “Poemas Uivantes para Seres Falantes” traz no primeiro episódio do ano a declamação do poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias feita pelos alunos Luiz Felipe Sulatto de Campos (3ª A), Jhennyfer da Silva Pereira (3ª C) e da aluna Aline Nunes dos Santos (3ª A), da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo, Rio Claro/SP.

A aluna Jhennyfer também comenta sua impressão sobre a leitura de trecho de Iracema de José de Alencar e Escrava Isaura de Bernardo Guimarães.

O podcast “Poemas Uivantes para seres falantes!”, que está disponível no Anchor.fm , SpotifyGoogle PodcastRadio PublicBreaker e no PocketCasts  e faz parte das atividades de Língua Portuguesa para os alunos da rede estadual e desenvolvido pelo professor Antonio Archangelo.

Canção do Exílio

“Canção do Exílio” é uma poesia romântica do escritor brasileiro Gonçalves Dias (1823–1864). A composição foi criada em julho de 1843, quando o autor se encontrava em Coimbra e ressalta o patriotismo e o saudosismo em relação à sua terra natal.

Introduzida na obra lírica Primeiros cantos, de 1846. Foi produzida no primeiro momento do Romantismo no Brasil, época na qual se vivia uma forte onda de nacionalismo, que se devia ao recente rompimento do Brasil colônia com Portugal. O poeta trata, neste sentido, de demonstrar aversão aos valores portugueses e ressaltar os valores naturais do Brasil.

Há uma presença de dêixis espacial, quanto aos dêiticos com referência aos elementos lugares citados no texto: ”aqui” (Portugal) e ”minha terra” ou ”lá” (Brasil, mais especificamente sua terra natal: o Maranhão, cuja ave-símbolo é o Sabiá-da-praia – Mimus gilvus – e onde se encontra a Mata dos Cocais – vegetação transicional entre o Cerrado, a Floresta Amazônica e a Caatinga, rica em espécies de palmeiras).

Apesar de ser um texto de profunda glorificação à pátria, o poema possui total ausência de adjetivos qualificativos. São os advérbios “lá, cá, aqui” que nos localizam geograficamente no poema. Formalmente, o poema apresenta redondilhas maiores (sete sílabas em cada verso) e rimas oxítonas (lá, cá sabiá), com a exceção da segunda estrofe. O poema foi reciclado no Hino Nacional Brasileiro (no trecho “Nossos bosques têm mais vida; Nossa vida (em teu seio) mais amores”, do segundo parágrafo da segunda parte) e na Canção Militar do Expedicionário (no trecho “Por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra; Sem que volte para lá”, da segunda estrofe).

IRACEMA

Iracema (originalmente: Iracema – Lenda do Ceará) é um romance brasileiro publicado em 1865 e escrito por José de Alencar, fazendo parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à trilogia são O Guarani e Ubirajara. Em Iracema, Alencar criou uma explicação poética para as origens de sua terra natal, daí o subtítulo da obra – “Lenda do Ceará”. A “virgem dos lábios de mel” tornou-se símbolo do Ceará, e seu filho, Moacir, nascido de seus amores com o colonizador português Martim, representa o primeiro cearense, fruto da união das duas raças. A história é uma representação do que aconteceu com a América na época de colonização européia.

ESCRAVA ISAURA

A Escrava Isaura é um romance escrito por Bernardo Guimarães em 1875 e publicado no mesmo ano pela B.L. GarnierRio de Janeiro. Com o romance, Bernardo Guimarães obteve fama, sendo reconhecido até pelo imperador do Brasil, Dom Pedro II.

Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso.

O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.

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