
Na manhã nublada deste dia 1º de janeiro de 2021, após serem empossados e darem posse ao prefeito eleito Gustavo Perissinotto (PSD) e do vice Rogério Guedes (PSL), os vereadores sob o argumento de “fechar um ciclo” e ” resgatar a imagem do legislativo”, elegeram o vereador José Pereira dos Santos (PSD), condenado por improbidade, para ser presidente do legislativo nos próximos dois anos.
O vereador contou com apoio de parte da bancada do PSDB e DEM e da bancada do PP para se sagrar vencedor com treze votos: La Torre (PP), Alessandro Sonego (Podemos), Diego Gonzales (PSD), Hernani Leonhardt (MDB), Irander Augusto (Republicanos), Julinho Lopes (PP), José Pereira (PSD), Luciano Bonsucesso (PL), Moisés Marques (PP), Paulo Guedes (PSDB), Rodrigo Guedes (PSL), Tiago Japonês (PSD), Sivaldo Faísca (DEM).
Se abstiveram Rafael Andreeta (PTB) e Carol Gomes (Cidadania).
Foram eleitos como vice-presidente Hernani Leonhardt (MDB), como 1º Secretário – Adriano La Torre (PP) e Julinho Lopes (PP) como 2º Secretário.
POLÊMICA E CONDENAÇÃO
O vereador Pereira (PSD) que foi alvo de polêmicas no final do ano passado devido a situação de sua esposa no legislativo conforme denúncia do vereador Rafael Andreeta (PTB) que votou no denunciado para presidente de legislativo. Fato amplamente divulgado pela imprensa local: o Jornal Cidade chegou a afirmar que a denúncia envolvendo a esposa de Pereira seria apurada. O Diário do Rio Claro noticiou o tumulto da sessão após a denúncia.
Em 2001, quando ocupou função diretiva no legislativo rio-clarense, Pereira foi condenado pela famigerada e folclórica reforma do telhado da Câmara Municipal por fraude do certame licitatório.
“Formou-se, assim, comissão de construção (Valdir, Milton e José Pereira) que dissimularam e fraudaram o certame para a consecução dos trabalhos a MPB, de responsabilidade de Marcos, figurando como sócias Maria Angela, sua esposa e Thalita, sua filha. A contratação fora feita por R$ 143.032,75 (cento e quarenta e três mil e trinta e dois reais e setenta e cinco centavos), aditando-se o acordo para acrescer mais R$ 71.516,37 (setenta e um mil quinhentos e dezesseis reais e trinta e sete centavos), valorizando as obras no total de R$ 214.549,12 (duzentos e catorze mil quinhentos e quarenta e nove reais centavos).
Trecho da sentença do processo Apelação Cível com Revisão n° 898 327-5T5-00

O processo pode ser consultado no site do Tribunal de justiça de São Paulo ao abaixo:
Confira algumas falas da sessão:
“A matemática é simples, se o prefeito for bem, o bairro, a cidade, os vereadores vão ficar contentes. Temos que torcer, independente de partido, para que o prefeito possa fazer um bom mandato. A cidade de rio claro depende deste conjunto e dessa união”
simplificou o vereador Rafael Andreeta (PTB)
Precisamos resgatar o papel da Câmara
pontou a vereadora Carol Gomes (Cidadania)
“Eu acredito em ciclos. Um ciclo se fechou em nossa cidade. Hoje, primeiro de janeiro, se inicia um novo ciclo. Nós acreditamos em um projeto novo para Rio Claro. E assim elegemos nosso prefeito”
citou o vereador Rodrigo Guedes (PSL)
“[…] não podemos colocar nossos interesses pessoais acima dos interesses daqueles que nos elegeram”
disse Serginho Carnevale (DEM) ao parafrasear o discurso do pai ex-vereador Sérgio Carnevale feito no dia primeiro de janeiro de 1993.
“Nós teremos que cortar da carne. O povo clama por mais saúde, emprego. Teremos quatro anos para lutar por quem nos colocou aqui”
mencionou o vereador Vagner Baungartner (PSDB) que também lembrou do pai que já ocupou o legislativo rio-clarense.
“O sucesso dessa casa é o sucesso do meu governo”
opinou o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD)

“Teremos o cinto gerencial, cinto político, cinto econômico”
citou o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) ao falar das dificuldades
“Nós teremos que estar administrando um dívida próxima de R$ 1 bilhão de reais […] esse será um grande obstáculo para o prefeito”
ponderou o vereador Paulo Guedes (PSDB)
Antonio Archangelo,
Fiquei indignado com esta tentativa de envolver meu nome em uma falcatrua pela qual fui inocentado.
1) O Prédio é da Prefeitura; 2) a Câmara solicitou autorização para reformar o telhado pelo fato de ter havido problemas de infiltração por causa das chuvas; 3) A Câmara tem orçamento próprio e usou esse caminho para efetuar as despesas e o pagamento.
A Prefeitura e o Prefeito não tiveram qualquer participação nesse assunto, apenas, autorizou que a Câmara fizesse concertos no telhado que lhe causava problemas.
A Prefeitura não teve nenhum envolvimento. Tanto é que foi inocentada no julgamento do processo. Por favor, verifique quem foram os condenados.
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