Com informações da assessoria Pragmatha

A produção poética de Rio Claro continua a marcar presença em todo território brasileiro, mesmo neste período de pandemia. Uma das produções que foram agraciadas com produções genuínas da Cidade Azul são os cadernos literários da Editora Pragmatha, projeto que tem recebido contribuições de escritores lusófonos e se tornado um importante marco na literatura nacional.
No Caderno 83, figurado pela pintura “Tempestade nas Montanhas Rochosas – Monte Rosalie”, de Albert Bierstadt (1866), contou com a participação da professora da rede municipal e poetisa Rosa Acassia Luizari. Confira o poema Meu corpo:
Tenho consciência de meu corpo questionador das horas
que o vil tempo me levou ontem, hoje e em outroras;
pulsa na alma a dor da perda do tempo coerente,
das horas tenho apenas a alma inconsequente.
Viagem no tempo com Ilya Prigogine é só o que me resta,
relógio amigo das árduas labutas e da alma em festa;
não quero me perder no incerto e ingrato tempo,
faço viagens em dias de paz ou de lamento.Rosa Acassia Luizari
Viagem no tempo irreversível Prigogine me aconselha
a história do tempo à minha vida em muito se assemelha,
vou sem ilusões e com os pés firmes a mudar as realidades,
não sou escrava do tempo e sim das minhas próprias vontades.
Rio Claro / SP
São mais de 70 poemas que podem ser conferidos abaixo:
Caderno Literário 84
No Caderno Literário 84, ilustrado pela pintura “Primavera em flores” do pintor norte-americano Arthur Sarnoff, que também ilustra esta reportagem, são 74 poemas, sendo dois rio-clarenses. Confira:
Rostos de outono
Rosa Acassia Luizari
Rostos de outono
esmaecidos em vão
são sentidos figurados
do desejo imensidão.
Rostos de outono
ocultos n’alma nua
aguardam o caminho
que a curva insinua.
Rostos de outono
já mui afadigados
abordam teorias
em corpos cansados.
Rostos de outono
já mui conscientes;
condição temporária
em corpos ausentes.
Rio Claro – SP
E o poema “Tão humano!”:
Numa fria manhã, que fria…
Antonio Archangelo
toca-me a face os raios aconchegantes do Sol
reflito o quão humano pode vir a ser,
o homem que dedica-se ao outrem.
Não há, sabe-se, medida de tempo,
Há percepção do tempo.
E quem, na flor de sua humanidade,
investe tais medidas ao outrem,
respira amor, contraria a opressão.
Sem dúvidas as mães, incondicionalmente…
Médicos e enfermeiras que podem cumprir o protocolo,
mas devem, por vocação, cuidar…
Talvez as forças de segurança?
Os pescadores?
Os agricultores?
E os professores?
Dedicam-se todos aos outros…
Nos dois primeiros, podem ignorar o fim,
mas ao mestre não, não há mestre sem empatia, não há…
E por mais dura a seja a casca que cria,
para proteger-se de teus irmãos,
É na sua dedicação ao outro,
que será, de fato, revolucionariamente:
humano!
Rio Claro – SP
O Caderno Literário 84 pode ser conferido aqui:
Caderno Literário 85
Para a edição do Caderno Literário 85, os interessados devem enviar e-mail para sandra.veroneze@pragmatha.com.br com a seguinte ficha de inscrição:
INSCRIÇÕES CADERNO LITERÁRIO 85
Observações:
1 – Cada poeta só pode enviar um poema por edição;
2 – Não publicamos prosa, nem prosa poética. O formato é poema. Versos!
3 – O poema deve ser enviado obrigatoriamente colado no campo do email. Não aceitaremos anexos em word, pdf, jpg ou qualquer outro formato.
4 – No envio do poema, é necessário preencher todos os campos do formulário. Nome do poeta, cidade e estado, título do poema e o poema.
5 – Os poemas devem ter no máximo 23 linhas (versos + espaços quando houver)
6 – Não publicamos o mesmo poema ao longo de várias edições. Sugiro organizar um arquivo com os poemas já enviados, para não se confundir na hora da inscrição;
7 – Os poemas devem ter título;
8 – Os poemas devem ser entregues dentro do prazo;
9 – Emails com perguntas cujas respostas já estão contempladas neste breve regulamento não serão respondidos.
CADERNO LITERÁRIO 85 – JUNHO DE 2020
Autorizo a publicação de meu poema abaixo, sem nenhum custo para a editora Pragmatha, no Caderno Literário 85, de junho de 2020.
Nome:
Cidade e Estado:
Título do Poema:
Poema (cole aqui):