Projeto “Seja você o poeta”: Poema da Purificação por Carlos Drummond de Andrade

No episódio 05 do podcast “Poemas Uivantes para seres falantes“, como complemento as atividades de Língua Portuguesa, em tempos de epidemia, escute a declamação do Poema da Purificação de Carlos Drummond de Andrade na voz do aluno Kahuan Lopes, do 9º Ano C, da Escola Estadual Januário Sylvio Pezzotti, Rio Claro/SP.

O podcast “Poemas Uivantes para seres falantes!” disponível no Anchor.fm , Spotify, Google PodcastRadio PublicBreaker e no PocketCasts. As declamações também estão disponíveis no Youtube:

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Poeta Carlos Drummond de Andrade em sua casa por ocasião da homenagem aos seus 80 anos / Local: Posto 6 – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ / Data: 23/10/82

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro – MG, em 31 de outubro de 1902.

De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por “insubordinação mental”. De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Drummond, por Baptistão

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.
Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. 

Drummond, por Chico Caruso.

A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre. Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.
Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).
Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

Retirado do blog <http://www.elfikurten.com.br/2011/11/carlos-drummond-de-andrade.html> Acesso em 30.mai.2020.

Confira os episódios:

#Episódio 1 – Fernando Pessoa

#Episódio 2 – Machado de Assis

#Episódio 3 – Conceição Evaristo

#Episódio 4 – Ricardo Reis

MULTILETRAMENTO

Imagem disponível em <https://br.pinterest.com/pin/572660908839345566/>Acesso30.mai.2020

O termo foi cunhado por um grupo de professores e pesquisadores dos letramentos, denominado New London Group (Grupo de Nova Londres), em meados da década de 90, nos Estados Unidos. O prefixo “multi” diz respeito à multiculturalidade das sociedades globalizadas e à multimodalidade dos textos que circulam nelas.

Na Pedagogia de Multiletramentos são destacados quatro fatores: 

  • Situated Practice (Prática Situada), cuja ênfase é para práticas que façam parte das culturas dos aprendizes; 
  • Overt Instruction (Instrução Aberta), por meio da qual se introduzem critérios de análise crítica para as práticas vivenciadas; 
  • Critical Framing (Enquadramento Crítico), o qual se refere aos sentidos, aos seus contextos e propósitos sociais,
  • Transformed Practice (Prática Transformada), na qual aprendizes “re-praticam”, ressignificam sentidos e os movem de um contexto para o outro.

Os multiletramentos não propõem o abandono da gramática, mas a suplementação de práticas antigas, como por exemplo, com um trabalho voltado aos gêneros que circulam em ambientes digitais, já familiares aos aprendizes.

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