Olá
Você está no roteiro de aprofundamento dos estudos de Língua Portuguesa da Escola Estadual Januário Sylvio Pezzotti nest período de quarentena.
Se está aqui, tu já é um vencedor!
Não desista, utilize este momento para caminhar rumo a aprendizagem significativa!
Isso mesmo, a aprendizagem que fará sentido em sua vida!
Aqui você encontrará os materiais didáticos e atividades referentes a cada unidade que também estão disponíveis no site da escola ( https://januariopezzotti.wixsite.com/website)
Observe que em cada unidade há diversos recursos e elementos para tornar a sua aprendizagem mais significativa.
Não deixe de acompanhar o calendário e os prazos estipulados. O estudo na modalidade online requer muita dedicação e organização.
As unidades são compostas de:
Material Teórico Recursos Audiovisuais Exercícios / Atividades Material Complementar |
Recomendações Importantes:
:: Leia atentamente o material teórico. :: Explore os recursos digitais contidos na unidade. :: Participe ativamente dos fóruns de discussão. :: Realize as atividades da unidade com bastante atenção. :: Se estiver com dúvidas, não deixe de entrar em contato com o seu professor tutor. |
Lembre-se este material estará disponível no Google Classroom (é só mandar seu e-mail que incluiremos você na sala virtual)
Se tiver dúvida em relação às palavras utilizadas neste material utilize um dicionário ou consulte o significado da mesma na internet.
Bons estudos!

Nesta lição, aprofundaremos-nos:
Variação linguística; Sotaques; Falar e escrever – erros comuns de português; Lista de palavras; Exercícios; e Leitura obrigatória |
Até aqui, vimos que o principal objetivo da linguagem é a Comunicação.
Por necessidade, a humanidade criou a escrita e os alfabetos. Vimos também que o latim vulgar é ancestral do Lusitano galego que viria a ser chamado de Português. O idioma sofreu diversas influências e destacamos aqui as provenientes do árabe, tupi e das línguas africanas.
Também vimos o surgimento do “internetês”, o português utilizado nas redes sociais com grande quantidade de estrangeirismos . Veremos agora, para fechar nossa Unidade 2, os sotaques de nosso idioma.
Português Brasileiro e Português de Portugal

A primeira diferença que veremos é entre o Português de Portugal e o Português do Brasil. Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, como já vimos, havia variadas línguas no território brasileiro, faladas por indígenas. No decorrer da sua história, o português brasileiro incorporou empréstimos de termos indígenas, como do tupi , mas também de línguas africanas, sobretudo do quicongo, quimbundo e umbundo , do francês , do castelhano , do italiano , do alemão , do inglês e do árabe . |
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
Olavo Bilac
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio
amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Há várias diferenças entre o português europeu e o português brasileiro, especialmente no vocabulário, pronúncia e sintaxe. É preciso, também, não esquecer que em Portugal existe uma grande variedade de dialetos para além do de Lisboa, alguns mais próximos dos brasileiros:
Sotaques Brasileiros
Você já reparou que dentro do próprio Brasil existem locais que falam muito
diferente? E para abordar este tema que é muito extenso, focaremos em questões gerais:
Sotaque/Dialeto | Características | Exemplos |
---|---|---|
Caipira | O dialeto caipira é falado no interior do estado de São Paulo, leste e sul do Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e norte do Paraná e zonas rurais do sul do Rio de Janeiro. A fonética caipira é marcada principalmente pelo R caipira e trocar o LH por IÉ. | Enxovar (enxoval), mir reais (mil reais), muié (mulher), oiá (olhar), Apeá(descer), saracoteá (provocar os outros), rumá (tomar um rumo), coió (bobo) |
Costa Norte | Por vezes chamado de dialeto cearense – é falado basicamente no Ceará, no Piauí e em parte do Maranhão e Rio Grande do Norte. | Aperrear (encher o saco), chamego (carinho), urubuzar (agourar), racha (pelada de futebol), muriçoca (pernilongo) |
Baiano | O dialeto baiano ou baianês foi um dos primeiros dialetos eminente brasileiros, cujo falantes têm como região geográfica os estados da Bahia e de Sergipe, além do extremo norte de Minas Gerais e do leste de Goiás e Tocantins. Tem como costume abreviar palavras e acabar criando outras com significado que pode ser até diferente do inicial. | Oxe (ô gente), opaió (olhe para aí), buzu (ônibus), mainha (mãe), painho (pai), retado (Depende do contexto, pode ser bravo ou muito bom). |
Fluminense | Dialeto usado principalmente na região sul, noroeste e norte do estado do Rio de Janeiro, no estado do Espírito Santo, e com falantes em regiões de Minas Gerais, extremo leste de São Paulo e extremo sul da Bahia. | Perdeu a linha (ato inconsequente), pela-saco (pessoa chata), mó (aglutinação de maior), Ja é (concordância). |
Gaúcho | O dialeto gaúcho ou dialeto guasca predominantemente no Rio Grande do Sul, contudo falado em regiões de Santa Catarina; Fortemente influenciado pelo espanhol, por força da colonização espanhola, e com influência mais reservada do guarani e de outras línguas indígenas. | Campear (procurar), capaz (de jeito nenhum), baita (grande), chimia (geleia de frutas), cusco (cachorro), piá (guri), talagaço (golpe). |
Mineiro | O mineiro ou montanhês é utilizado principalmente nas regiões central e leste de Minas Gerais. | Sa passado (Sábado passado), ó só pcê vê (olhe só, para você ver), Ês penss qu’ôns é dês (Eles pensam que o ônibus é deles), blusdifri (blusa de frio). |
Nordestino | É utilizado em Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, na porção sul do Ceará, e em algumas regiões da Bahia, do Piauí e do Maranhão. | Abirobado (maluco), calibrado (tonto), chupeta (menino chorão), gabiru (aproveitador), gaitada (gargalhada). |
Nortista | Utilizado em todos os estados da bacia do Amazonas (excetuando somente a região do arco do desflorestamento). Considera-se que tenha até quatro sub-dialetos: o cametaense, o dos cocais, o metropolitano e o bragantino. | Gala seca (idiota), migue (mentira), parlando (se exibindo), ééééégua (muito espanto). |
Paulistano | Utilizado na Macrometrópole de São Paulo (com exceção de alguns municípios que utilizam o dialeto caipira) | meu, da hora (legal), truta (amigo), miar (algo que não deu certo), se pá (talvez), canhão (pessoa feia) |
Sertanejo | Utilizado nos estados de Mato Grosso, centro-norte de Goiás e noroeste do Mato Grosso do Sul. | donde (onde, aonde), diacho (exclamação de raiva), de quebra (brinde), dar pinote (fugir correndo), emperiquitar (se arrumar). |
Sulista | Utilizado no Paraná, em praticamente todo o estado de Santa Catarina, no noroeste do Rio Grande do Sul e no extremo-sul do estado de São Paulo. | tri (bastante), guisado (carne moída), cacetinho (pão francês), Bah (interjeição multiuso), cupincha (camarada), borracho (bêbado), pila (dinheiro) |
Florianopolitano | O dialeto florianopolitano ou manezinho da ilha – é um dialeto utilizado na região metropolitana de Florianópolis e em regiões do litoral de Santa Catarina. | abastança (fartura), avião de rosca (helicóptero), atoxei (encher muito), Zóio (olhos) Zorelha (orelha), topeira (ignorante) |
Carioca | O sotaque carioca apresenta algumas semelhanças com o português lusitano (de Portugal). Entre tais semelhanças, percebe-se a pronúncia do “S” chiado e as vogais abertas em palavras como “também”, é falado na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em áreas próximas. | 0800 (gratuito), beleza (cumprimento),bolado (preocupação), coé (qual é), conto (unidade monetária sem plural. “Essa parada custa 10 conto”) |
Brasiliense | Dialeto utilizado em Brasília e na sua área metropolitana, resultante dos inúmeros fluxos migratórios ocorridos a partir de 1955, quando se iniciou a construção da nova capital federal | Aff (interjeição), baú(ônibus), camelo (bicicleta), lombra (preguiça/relaxamento) |
Serra Amazônica | O dialeto da serra amazônica ou como as vezes é chamado, dialeto do arco do desflorestamento, conhecido na sua região geográfica como “sotaque dos migrantes”, não é um dialeto coeso, justamente por sua peculiaridade de formação. Esse dialeto existe no sudeste do Pará, sudoeste do Maranhão, norte do Mato Grosso, em Rondônia e no Tocantins. O termo “Serra Amazônica” ou “Amazônico da Serra” foi cunhado pela primeira vez para identificar este dialeto nos trabalhos do I Colóquio de Letras da FPA em 2010. | broco (sem equilíbrio), cê (você), lapada (pancada), catiroba (pessoa mal-cuidada consigo mesmo), mé (cachaça). |
Recifense | O dialeto recifense é um típico da Região Metropolitana do Recife e das regiões da Mesorregião da Mata Pernambucana, no estado de Pernambuco. | bote fé (demonstra consentimento), fi de rapariga (origem de todos os insultos universais, rs), sermão (meu irmão), abestalhado (pessoa boba), gera (farra), bença (fechando com chave de ouro, bença é o vocativo universal de todos e todas. Não há no Recife e região uma única pessoa que não possa ser chamada de bença). |
Caipira
Costa Norte
Baiano
Fluminense e carioca
Gaúcho
Mineiro
Nordestino
Nortista
Sulista
Floripolitano
Nesta lição, você terá três atividades: 1- Resumo do livro Não é mel para boca de asno por Machado de Assis. Com no mínimo 10 linhas. Se possui dificuldade em digitar por celular, faça em seu caderno e envie a foto para o Whatzapp do professor 19 99556-3478. Segue as instruções do item acima. Para acessar o livro, utilize o link: https://antonioarchangelo.com/2020/05/11/nao-e-mel-para-boca-de-asno-por-machado-de-assis/ 2- Questionário Responder o questionário no Google Forms. Lembre-se coloque o e-mail para identificar sua resposta. A tarefa 100 pontos, sendo 50 pontos pela entrega e 50 pontos pela qualidade e respeito às orientações. Se possui dificuldade em digitar por celular, faça em seu caderno e envie a foto para o Whatzapp do professor 19 99556-3478. Para acessar o formulário, utilize o link: https://docs.google.com/forms/d/1vW1aQAUTmIhzmupHVxGH_cFM4MFBHhk5xKx0vnP GGT8 3 – Fórum Responder o fórum no Google Classroom. A tarefa 100 pontos, sendo 50 pontos pela entrega e 50 pontos pela qualidade e respeito às orientações. a resposta tem que ter pelo menos três linhas. Se possui dificuldade em digitar por celular, faça em seu caderno e envie a foto para o Whatzapp do professor 19 99556-3478. A pergunta da semana é: Quais gírias ligadas ao sotaque que possui, de acordo com nosso material de estudo, você utiliza quando fala? (Cite pelo menos três) |
Confira as lições novamente
Lição 1 – Contrato Social
Lição 3 – Administrando o tempo
Lição 6.1 – Sugestão de Leitura – Auto da Barca do Inferno
Lição 7 – Você fala português?
Lição 7.1 – Sugestão de Leitura – A Carta, de Pero Vaz de Caminha
Lição 8.1 – Sugestão de Leitura – A igreja do Diabo, de Machado de Assis
Lição 9.1 – Sugestão de Leitura – Não é mel para a boca de asno por Machado de Assis
HABILIDADES DA SEMANA
● (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, tecendo, quando possível, comentários de ordem
estética e afetiva.
● (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas empregados. expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
● (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas
orientações dadas pelo professor.
● (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros, contar/recontar histórias tanto da tradição oral, quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior.
● (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo da norma-padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero.
● (EF69LP55) Reconhecer em textos de diferentes gêneros as variedades da língua falada, o conceito de norma padrão e o de preconceito linguístico.
● (EF89LP28A) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários e afins.
● (EF89LP28B) Identificar, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo.
● (EF89LP28C) Realizar, quando necessário, uma síntese final que priorize pontos ou conceitos centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais.
● (EF89LP33A) Ler, de forma autônoma, textos de gêneros variados.
● (EF89LP33B) Compreender textos de gêneros variados, selecionando estratégias de leitura adequadas a diferentes objetivos.
● (EF89LP33C) Analisar as características dos gêneros textuais e suportes.