Se, então, existe algum fim das coisas que fazemos, que desejamos por si só (tudo o mais é desejado por causa disso), e se não escolhermos tudo por causa de outra coisa (por isso, Por mais que o processo continue até o infinito, de modo que nosso desejo seja vazio e vaidoso), claramente esse deve ser o bem e o bem principal.
O conhecimento disso não terá uma grande influência na vida? Não devemos, como arqueiros que têm uma marca para mirar, mais propensos a acertar o que é certo? Nesse caso, devemos tentar, pelo menos em linhas gerais, determinar o que é e qual das ciências ou capacidades é o objeto.
Parece pertencer à arte mais autoritária e à que é verdadeiramente a arte principal. E a política parece ser dessa natureza; pois é isso que determina qual das ciências deve ser estudada em um estado e que cada classe de cidadãos deve aprender e até que ponto elas devem aprendê-las; e vemos até as mais estimadas capacidades se enquadrarem nisso, por exemplo, estratégia, economia, retórica; agora, como a política usa o resto das ciências e, uma vez mais, legisla sobre o que devemos fazer e o que devemos abster-se, o fim dessa ciência deve incluir o das outras, de modo que esse fim deve seja bom para o homem.
Pois mesmo que o fim seja o mesmo para um homem solteiro e para um estado, o estado parece, em todo caso, algo maior e mais completo, seja para atingir ou preservar; embora valha a pena atingir o fim apenas para um homem, é mais refinado e mais divino alcançá-lo para uma nação ou para cidades-estado.
Fonte: Internet Classics Archive . Uma tradução alternativa está disponível no Perseus .
Leitura sugerida:
Para uma tradução mais recente, considere comprar T. Irwin e G. Fine Aristotle: Selections (Hackett, 1995). Neste volume, leia as páginas 347-8, 356-7 e 364-8.
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