Lição 05EF08e09 – Material Complementar

Lista de autores para o roteiro de estudos:




Adélia Prado
Nascimento: 13/12/1935, Divinópolis/MG
Magnum opus: Bagagem (1976)
A formalística
O poeta cerebral tomou café sem açúcar
e foi pro gabinete concentrar-se.
Seu lápis é um bisturi
que ele afia na pedra,
na pedra calcinada das palavras,
imagem que elegeu porque ama a dificuldade,
o efeito respeitoso que produz
seu trato com o dicionário.
Faz três horas que já estuma as musas.
O dia arde. Seu prepúcio coça.


Alice Ruiz
Nascimento: 22/01/1946, Curitiba/PR
Magnum opus: Desorientais 
HAIKAIS 
 
mar bravio
a cada onda
novo silêncio
 
diante do mar
três poetas
e nenhum verso
 
 manhã de outono
o verde do mar
também amarela
 
sinal fechado
o menino atravessa
escrevendo versos
 
 
contra o prédio cinza
uma só flor
e todas as cores
 
 procurando a lua
encontro o sol
mas já de partida
 
 pôr-do-sol
em torno dele
todos os cinzas
 
 começo de outono
cheia de si
a primeira lua
 
 som alto
vento na varanda
a samambaia samba
 
 trânsito parado
os mesmos olhares
e ninguém se olha
 
 último raio de sol
primeiro da lua
outono nascendo
 
cerimônia do chá
três convidados
e um mosquito
  
nuvem de mosquitos
tocando violão
silenciosamente
 
sob a folha ver-escura
a folha verde-clara
trêmula dissimula 
 



Álvares de Azevedo
Nascimento: 12/09/1831, São Paulo/SP
Morte: 25/04/1852
Magnum opus: Lira dos Vintes Anos
Se Eu Morresse Amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda ti natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã…
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!



Ana Maria Machado
Nascimento: 24/12/1941, Rio de Janeiro/RJ
Magnum opus: Bento-que-bento-é-o-frade
Fiz Voar meu chapéu

Fiz voar o meu chapéu,
acertei no coronel.

O Coronel se assustou,
no riacho despencou.

O riacho foi embora,
nem reparou na Senhora.

A Senhora deu chilique,
quem salvou foi o cacique.

Cacique chamou Peri,
que pescava lambari.

Lambari fugiu ligeiro,
nem esperou marinheiro.

Marinheiro deu fricote,
saiu remando num bote.

O bote deu tremedeira,
despencou na cachoeira.

Cachoeira foi pro mar,
pela praia a se espalhar.

Se espalhou até o barraco
onde mora o Zé Macaco.

Macaco deu gargalhada
e chamou a namorada.

Lá veio dona Gabola,
de bolsa, xale e gaiola.

Mas a gaiola se abriu
e passarinho fugiu.

Voa, voa, passarinho,
vai de volta pro seu ninho…

No ninho os quatro filhotes
festejaram aos pinotes.

E cantaram numa banda,
no seu ninho com varanda.

Viva Peri, viva o Mico,
a Senhora e o Coronel!

Viva mais o tico-tico,
que fez ninho em meu chapéu!




Ariano Suassuna
Nascimento: 18/06/1927,Cidade da Parahyba/PB
Morte: 23/07/2014
Magnum opus: Auto da Compadecida (1955)
Nascimento – O exílio

Aqui, o Corvo azul da Suspeição
Apodrece nas Frutas violetas,
E a Febre escusa, a Rosa da infecção,
Canta aos Tigres de verde e malhas pretas.
Lá, no pelo de cobre do Alazão,
O Bilro de ouro fia a Lã vermelha.
Um Pio de metal é o Gavião
E suave é o focinho das Ovelhas.
Aqui, o Lodo mancha o Gato Pardo:
A Lua esverdeada sai do Mangue
E apodrece, no medo, o Desbarato.
Lá, é fogo e limalha a Estrela esparsa:
O Sol da morte luz no sol do Sangue,
Mas cresce a Solidão e sonha a Garça.










Augusto dos Anjos
Nascimento: 20/04/1884,Sapé/PB
Morte: 12/11/1914
Magnum opus: Eu (1912)
Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!






Carlos Drummond de Andrade
Nascimento: 31/10/1902,Itabira/MG
Morte: 17/08/1987
Magnum opus: A Rosa do Povo (1945)
No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.




Cecília Meireles
Nascimento: 07/11/1901, Rio de Janeiro/RJ
Morte: 09/11/1964
Magnum opus: Romanceiro da Inconfidência (1953)
Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?





Clarice Lispector
Nascimento: 10/12/1920, Chechelnyk, Oblast de Vinnitsa – República Popular da Ucrânia
Morte: 09/12/1977
Magnum opus: A Hora da Estrela
Minha alma tem o peso da luz

Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita,
prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.


Conceição Evaristo
Nascimento: 29/11/1946, Belo Horizonte/MG
Magnum opus: Ponciá Vicêncio
Da calma e do silêncio

Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.



Cora Coralina
Nascimento: 20/08/1889, Cidade de Goiás/Império do Brasil
Morte: 10/04/1985
Magnum opus:  Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
Mulher da vida

Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.




Elisa Lucinda
Nascimento: 02/02/1958, Cariacica/ES
Magnum opus:  50 Poemas Escolhidos pelo Autor 
Incompreensão dos mistérios

Saudades de minha mãe.
Sua morte faz um ano e um fato
Essa coisa fez 
eu brigar pela primeira vez
com a natureza das coisas:
que desperdício, que descuido
que burrice de Deus!
Não de ela perder a vida
mas a vida de perdê-la.
Olho pra ela e seu retrato.
Nesse dia, Deus deu uma saidinha
e o vice era fraco.





Fernando Pessoa
Nascimento: 13/06/1888, Lisboa/Reino de Portugal
Morte: 30/11/1935
Magnum opus:  Mensagem (1934)
Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.




Ferreira Gullar
Nascimento: 10/09/1930, São Luís/MA
Morte: 04/12/2016
Magnum opus:  Poema Sujo (1976)
Não há Vagas

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
— porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira



Hilda Hilst
Nascimento: 21/04/1930, Jaú/SP
Morte: 04/02/2004
Magnum opus: Cantares de perda e predileção
Árias Pequenas. Para Bandolim

Antes que o mundo acabe, Túlio,
Deita-te e prova
Esse milagre do gosto
Que se fez na minha boca
Enquanto o mundo grita
Belicoso. E ao meu lado
Te fazes árabe, me faço israelita
E nos cobrimos de beijos
E de flores
Antes que o mundo se acabe
Antes que acabe em nós
Nosso desejo.





Homero
Nascimento: 928 AC, Grécia
Morte: 898 AC
Magnum opus: Odisseia
SONETO DO CÃO PASTOR

Meus olhos, cão pastor, lambem teu flanco
Á luz alpestre de uma estrela guia.
Colar de guizo, meu amor te açula
Tange teus pés, terneiros lado a lado

Ao secreto redil, casta fazenda
De paina adormecida e pau-marfim.
Minha mão, cauda inquieta, se te afaga
Entre a vegetação do linho novo,

É porque és ovelha, eu, cão pastor
De teu corpo nascente, gado claro
Criado no altiplano onde vagueias

E pasces, entre fios e altos pássaros
Sob a guarda do entregue cão pastor
Amoroso na lei de sua ovelha.





João Cabral de Melo Neto
Nascimento: 09/01/1920, Recife/PE
Morte: 09/10/1999
Magnum opus: Morte e Vida Severina
 Psicologia da composição (trecho)

Saio de meu poema
como quem lava as mãos.
Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.
Talvez alguma concha
dessas (ou pássaro) lembre,
côncava, o corpo do gesto
extinto que o ar já preencheu;
talvez, como a camisa
vazia, que despi.
Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.
Eu me refugio
nesta praia pura
onde nada existe
em que a noite pouse.




Luís de Camões
Nascimento: 1524, Lisboa / Portugal
Morte: 10/06/1580
Magnum opus: Os Lusíadas
Primeiro soneto:

Amor é um fogo que arde sem se ver;
é ferida que doi e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.


É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealmente.


Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade
se tão contrário a si é o mesmo Amor?




Machado de Assis
Nascimento: 12/06/1839, Rio de Janeiro / Império do Brasil
Morte: 29/09/1908
Magnum opus:  Memórias Póstumas de Brás Cubas
O VERME

Existe uma flor que encerra
Celeste orvalho e perfume.
Plantou-a em fecunda terra
Mão benéfica de um nume.
Um verme asqueroso e feio,
Gerado em lodo mortal,
Busca esta flor virginal
E vai dormir-lhe no seio.
Morde, sangra, rasga e mina,
Suga-lhe a vida e o alento;
A flor o cálix inclina;
As folhas, leva-as o vento.
Depois, nem resta o perfume
Nos ares da solidão…
Esta flor é o coração,
Aquele verme o ciúme.






Manuel Bandeira
Nascimento: 19/04/1886, Recife/PE
Morte: 13/10/1968
Magnum opus: Libertinagem
Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive


E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar


E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Marina Colasanti
Nascimento: 26/09/1937, Asmara, África Oriental Italiana
Magnum opus: Passageira em Trânsito
Outras palavras

Para dizer certas coisas
são precisas
palavras outras
novas palavras
nunca ditas antes
ou nunca
antes
postas lado a lado.
São precisas
palavras que inventaram
seu percurso
e cantam sobre a língua.
Para dizer certas coisas
são precisas palavras
que amanhecem.






Mario Quintana
Nascimento: 30/07/1906, Alegrete/RS
Morte: 05/05/1994
Magnum opus: O Batalhão das Letras
Do amoroso esquecimento

Eu agora — que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?





Miriam Alves
Nascimento: 1952, São Paulo/SP
Magnum opus: Estrelas no dedo
Gotas

Mesmo que eu não saiba falar a língua
dos anjos e dos homens
a chuva e o vento
purificam a terra
Mesmo que eu não saiba falar a língua
dos anjos e dos homens
Orixás iluminam e refletem-me
derramando
gotas
iluminadas de Axé no meu Ori







Oswald de Andrade
Nascimento: 11/01/1890, São Paulo/SP
Morte: 22/10/1954
Magnum opus: Marco Zero 
Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro





Paulo Leminski
Nascimento: 24/04/1944, Curitiba/PR
Morte: 07/06/1989
Magnum opus: Distraídos Venceremos
Já disse

Já disse de nós.
Já disse de mim.
Já disse do mundo.
Já disse agora,
eu que já disse nunca. Todo mundo sabe,
eu já disse muito.
Tenho a impressão
que já disse tudo.
E tudo foi tão de repente…





Solano Trindade
Nascimento: 24/07/1908, Recife/PE
Morte: 19/02/1974
Magnum opus: Poemas de Uma Vida Simples
Gravata colorida

Quando eu tiver bastante pão
para meus filhos
para minha amada
pros meus amigos
e pros meus vizinhos
quando eu tiver
livros para ler
então eu comprarei
uma gravata colorida
larga
bonita
e darei um laço perfeito
e ficarei mostrando
a minha gravata colorida
a todos os que gostam
de gente engravatada…




Vinicius de Moraes
Nascimento:19/10/1913, Rio de Janeiro/RJ
Morte: 09/07/1980
Magnum opus: Poemas, sonetos e baladas
Soneto de fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.




William Shakespeare
Nascimento:23/04/1564, Stratford-upon-Avon, Inglaterra
Morte: 23/04/1616
Magnum opus: Hamlet
Soneto 53

De que substância foste modelado,
Se com mil vultos o teu vulto medes?
Tantas sombras difundes, enfeixado
Num ser que as prende, e a todas sobre excedes;

Adônis mesmo segue o teu modelo
Em vã, esmaecida imitação;
A face helênica onde pousa o belo
Ganhou em ti maior coloração;

A primavera é cópia desta forma,
A plenitude és tu, em que consiste
O ver que toda graça se transforma

No teu reflexo em tudo quanto existe:
Qualquer beleza externa te revela
Que a alma fiel em ti acha mais bela.

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