Esta semana me debrucei para compreender o significado da metaética, ramo da ética que procura entender a natureza da moral humana, como parte da disciplina de “Introdução à Filosofia” que cursei via MOOC (Coursera) via Universidade de Edimburgo.
Coincidentemente, os debates – à distância – ficaram intensos nos períodos, os quais, o Congresso Nacional discutia a questão da maioridade penal. A maneira pela qual a sociedade moderna age com as tensões geradas por diversos fatores, neste caso falando especificadamente do Brasil, assemelha-se ao chamado emotivismo moral.
O britânico Alfred Jules Ayer, em sua obra “Language, Truth and Logic”, editado em 1936, cita que as afirmações éticas não significam nada. Exprimem fatos: a emoção. Os juízos morais não possuem nenhum significado literal; são apenas expressões de emoção, como resmungos, bocejos ou gargalhadas.
Oras, não seria esta a maneira pela qual temos reagido, sobretudo, neste momento de transição?
Não estamos com paciência de uma reflexão profunda, pelo menos, noa parte de nós.
Estamos apostando numa espécie de barbárie pré-medieval para discutir, talvez, problemas que nos tocam, deixa, uma espécie de legado para o futuro.
Na questão da redução da maioridade, se é uma decisão certa ou não, na verdade não faz diferença. Estamos, ou a maioria de nós, simplesmente gritando: Devemos colocar atrás das grades qualquer infrator, independentemente da idade! Abaixo a Maioridade!
A revolução dos meios de comunicação trouxe (ou deu visibilidade), com a instantaneidade da conectividade social, um embrutecimento da civilização. Deixaremos, então, a razão de lado e, a partir de então, resolveremos os problemas no grito.
Quem gritar mais alto ganha. Pouco importa se o modelo escolhido trará, de fato, a solução.
OBS: Texto de 2015
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