Percebes a inigualável quimera?
Quem entre os moucos assevera?
Chama que destroi e te espera
Na leitosa bruma, prouvera?
Esperá-lo-ás como num devaneio?
Esperá-lo-ia! Num desagoneio
Na brisa matutina permeio
Essa quimera por quem esperneio…
Onde estás a camurça-cetim?
Caminhou a trilha, a Flor-de-cetim
Esquecê-lo-ás as silabas deste folhetim
Onde estás a senhora-dama, perdida num festim?
Dançaste com desconhecido a valsa pantim?
Esquecê-lo-ei a melodia doce do flautim!
(Antonio Archangelo)