Escreva, no fundo da epiderme, o fim deste encanto
Transcreva, no fundo da hipoderme, não há santo…
Prenda em sua memória, se capaz for, com adraganto
O fim, ignore, leve este último piricanto!
Como um canto, a reprise deste encanto
Com espanto, percebes que não há encanto?
Não há, entre os mortais, nenhum santo
Princípios, jogue todos em algum canto!
O fim daquilo que tanto você negou…
O fim disposto do que tanto insuflou,
Devolvo-te tua atribulada rotina
Não existe, percebes, maneira de voltar
Não existe, ligação, capaz de resgatar
Guarde esta canção, para algum dia arrebatar!
(Antonio Archangelo)