Permita, quem sabe, a memória
Com olhar que penetra e me afoita
Permita, quem sabe, se esconda
Debaixo de importunas sombras.
Que as palavras descartadas e arredias;
As silabas aplumadas sobre o esteio fizeram
Despertar, sem preocupação, esta redondilha
Que a flavus; aos poucos lhe entrego
Posto que é chama, que arda.
Posto que é ferida, que doa.
Permita-me, Deus, que morra
Sem antes toca-lá, fúlvia
Saciando a intacta sede
Adentrando-a, você cede?